segunda-feira, 26 de abril de 2010

insanidade

asfalto pedaços de incertezas vans em lastros de demências sãs.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

gado 2


1 bilhão de pessoas passam fome.

mais de 50% dos cereais comercializados no mundo são utilizados como alimento para animais e biocombustíveis.

o que é produzido pela agricultura em toda terra pode alimentar toda a população do planeta.

e a produção de carne continua a ser bem alimentada.

aritmética


metade das riquezas do planeta está nas mãos de 2% da população. 80% das riquezas minerais são consumidas por 20% dos seres humanos.

a matemática faz parte do nosso dia-a-dia há muito tempo.

mas realmente parece que não sabemos dividir.

made in


basicamente todos os produtos dos quais desfrutamos são derivados do petróleo. quanto mais moderna a sociedade, mais natureza está impregnada nos bens de consumo. o esgotamento dos recursos naturais parece ser o único caminho para satisfazer o encantamento do conforto ao estalar dos dedos.

os mesmos que puxam o gatilho.

terça-feira, 20 de abril de 2010

gado


nacos de carne expostos em varais de cobre encobrem toneladas de co2 suspensas ao vento cuspidas em fogo maquinário movido a oleoduto grãos semeiam fome humana.

o gado regurgita refastelado.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

homem-bomba


o planeta tem 4 bilhões de anos.
o ser humano existe há 200 mil anos.
nos últimos 50 anos implementamos de forma radical
o processo de auto-destruição.

ainda é possível conter a bomba relógio.

fórceps


um dia de incidência solar sobre a superfície da terra gera energia suficiente para suprir a demanda da humanidade por um ano.

e a gente insiste em arrancar a fórceps toda vida das entranhas terrenas.

deep blue


remar a favor da maré e aproveitar o fluxo para traçar caminhos próprios é descortinar as correntezas rumo ao azul profundo.

o mundo é uma gota no oceano infinitude.

quark

elétrons, nêutrons, prótons. fótons, grávitons, mésons.
quanto quark ainda precisará ser descortinado para embalar os átomos que insistem em gravitar ao redor de nossos corpos nus.

eletromagnética átima expressão.

lava

depois do mergulho ao centro da terra, nossa viagem em lavas derreteu o tempo e solidificou o âmago que nos une. ventre universo brota das profundezas em jorros vulcânicos. vida alimento segue em direção ao sol.

domingo, 18 de abril de 2010

ar

se perder em meio à liberdade é um ótimo caminho pra se encontrar

hd

processadores pensamento.
memórias virtuais em nano-sentimentos gigabytes.
sensores despudores alimentos usinas estelares.
hds expandidos preservam arquivos nucleares.

déjà vu

uma picada no meio do asfalto agridoce. a luz intensa dos faróis já não contém a angústia embrulhada pra presente em periódicos déjà vu sincrônicos. rotativas teimam em alastrar crateras no centro da selva chuvosa. furos virtuais on line não diminuem a fúria celulose da besta fera. quimeras distantes engarrafadas na lagoa-barra. é cedo demais pra que seja tarde...

pimenta

e haja cachaça pra tanto condimento...

reciclada_mente

azeite

nascemos e morremos a todo instante. cada momento é uma possibilidade de redenção. estar atento aos micro-sentidos presentes em cada ação é libertário. a consciência guia nosso ser por dimensões inexploradas. a cada nova descoberta, a imprevisibilidade se manifesta aos gritos. endorfinas circulam criação arrebatadora. transgressão inevitável. o reencarne escolhe corpos vivos. livre arbítrio pra explorar escritos por todo lado. calo. falo. romper a posse pro movimento eternizar é a única possibilidade de expansão plena. o inconsciente azeita a mente.

sábado, 17 de abril de 2010

cósmico

somos energia_matéria.
estamos o tempo todo em fusão atômica.
a interseção nos unifica.
cromossomos.
cosmo somos.

morada

todo beijo procura uma boca pra morar.

verdade_ira_mente

quinta-feira, 15 de abril de 2010

retina

cheio de significados e significantes.
aos olhos da criança tudo se desnuda.
paz. luz. inunda...

zelo

me sobro, colo
para que zele
em fim
cante

extrema unção

sua cela norte
a continuação

ardor que me cole
em sim extremo

abortar as cores
de Schopenhauer
no inverno,
de Kant.

poema-resposta a shala andirá

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ser

todo mundo é o que todo mundo pode ser.
todo mundo é o que todo mundo pode ser.
todo mundo é o que todo mundo pode ser.
todo mundo é.

nãosim

todos os nãos contém todos os sins.
todos os sins estão contidos de nãos.
todos os nãos são sins.

domingo, 11 de abril de 2010

surfe

como um surfista que se lança ao mar, simbiose sábia entre correntes e ventos a impulsionar movimentos íntegros de vigor e identidade, traçamos caminhos por forças incomensuravelmente avassaladoras. em meio ao turbilhão de acontecimentos on line a seduzir rotas improváveis despertam criações urgentes. manter os eixos no prumo e sorver da onda toda plenitude é o desafio. que calmarias e tsunamis nos transbordem, transgridam, transformem.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

nove

atenção terráqueos. é chegada a hora da partida. favor desocuparem os seus corpos e encaminharem-se ao portão 9.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

as bordas do espaço tempo

a consciência da existência não necessariamente é o ato de existir. em todas as galáxias, dimensões, póros, arestas, aliterações, sinápses, catarses, convulsões, fluxo sanguíneo, fluídos vitais, plasmas, espasmos, cada possibilidade de aglutinação presente em células, átomos, desertos, dnas personificados de experiência única, todo genoma esclarece a oniciência salutar da óbiva força etéria que nos une e nos faz ser. uno, denso, multifacetado. existir não como uma ato isolado, coisificação ou massa corpórea apenas. é pra pirar, pairar, flanar, volitar. pirações, privações, crivações, expansões. piro, giro, respiro, alucino a constante vontade de expandir infinitamente rumo às bordas do universo. espaço-tempo. alargar lastros de mim. reivento o olhar e anuncio a morte a libertar plena luz pacificadora.

domingo, 4 de abril de 2010

artéria

a mutação é a tônica da vida. em todo o universo. inter, entre-matéria, a estática simplesmente inexiste. o movimento marca em vísceras significados e significantes distante milímetros bilhões de anos luz. o que nos aproxima nos repele. o que nos afasta aglutina. todos os sins estão impregnados de nãos. todos os nãos são sins...
a artéria pulsa em infindáveis conexões.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

falácia

palavras inebriam significados escancarados em gestos torpes. o que vivemos finca na história nosso ser nú. nada é tão adestrado que resista uma eternidade ao manipular oral. atos são fatos incontésteis de existência...

alimento

marginais desejos em teclas baticundum estalam dedos alheios a vontades alvejadas alfabeto adentro. o que alimenta, fecunda...

branco

a ouvir o álbum branco dos beatles em vinil...

astronauta

nas extremidades da via láctea a contemplar outras galáxias...

degustare

degustar arte, pra todo enlaço. é sempre ávido !

digestão

cérebro refastelado...poema digestivo degustado pós banquete light, all right, bora botar o estômago pra trabalhar...

galope

carruagem disparada sofisma entranhas molhadas. e no canal que te esconde revelada, ofegantes movimentos, tempero, pimenta, alvorada.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um nó nas entranhas paralisou-me instantes eternos.
Aos berros
silenciosos supliquei por cada poro sedento de misericórdia felina.
Menina fez-se presente em ausência súbita.
Estúpida resina sádica.
Módica melódica.
Surdina.